Este quiosque vem equipado com um par de caixas
onde são colocadas as publicações do dia. Para aqueles
que gostam de perceber a logística das coisas, o processo
funciona da seguinte forma. De manhã bem cedo os maus,
que têm a chave das caixas, despejam material lá para dentro
e fecham-nas. De manhã bem cedo, mas um bocadito mais
tarde, o bom, que sou eu e que também tem as chaves das
caixas, recolhe o material e deixa a caixas abertas, porque
de tarde bem tarde aqui o bom tem que devolver os jornais
que não vendeu.
Ora, durante o período em que as caixas permanecem
abertas, nunca nada de extraordinário se passou lá dentro.
Até ontem.
Um menino de 3 anos de nome Telmo decidiu que uma
das caixas em questão se encontrava no lugar apropriado, à
hora certa e com as dimensões correctas para se escapar de
levar duas palmadas da mãe, por motivos que não chegaram
a ser devidamente apurados. Resumindo, às 8 da manhã eu
tinha 20 quilos de publicações na caixa. Às 5 da tarde tinha
lá dentro um menino de 3 anos.
A vida dá muitas voltas. Que o diga o Telmo. Às 5 da
tarde o Telmo pensava que ia levar duas palmadas. Depois
de 10 minutos a viver dentro de uma caixa de quiosque,
acabou por levar 4.
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