Quinta-feira, 26 de Julho de 2007

Adicto (uma confusão)

- “Onde é que vais, homem?”
- “Vou ali ao kiosko sujar as mãos”

A partir do 2º dia passei a frequentar diariamente o kiosko e, quase 2 anos depois de o ter feito pela última vez, voltei a comprar jornais. Ignorei os diários de referência e dediquei-me de corpo e alma aos desportivos, como já não o fazia há muito tempo. Passei a controlar os treinos bidiários dos 3 grandes, as aquisições do Esposende ou do Odivelas e os amigáveis do Trofense, Feirense e Olivais e Moscavide, e sem nunca perder pitada das pedaladas de Sergio Paulinho no alcance do 87º classificado da Volta à França em Esteróid... em bicicleta. Ao 4º dia cansei-me da silly season desportiva portuguesa e virei-me para a prensa espanhola. Desfolhei a Marca em minuto e meio e ofereci-a a um hermano mais necessitado.
Ao 5º dia, preparado para comprar o Publico, sou informado pela proprietária que, apesar de diariamente lhe sobrarem imensos exemplares, nesse dia um grupo de portugueses terá levado o regime “tudo incluido” desde o hotel até ao kiosko. Apesar de não ter vendido nenhum, já não havia Publico na banca*. Abandono de mãos vazias, mas as mãos vazias obrigam-me a regressar 1 minuto depois. Hesito entre a Visão mais o Especial Algarve típico deste época e a Sábado mais o Especial Algarve típico desta época. Levo a Bola.
Ao 6º dia, um cartaz manuscrito colado à registadora chama-me a atenção. Num espanhol que passo a traduzir, lê-se o seguinte: “Agradecemos a devolução dos jornais depois de os ter lido, para posterior reciclagem”. Pois, eu também faço a entrega dos jornais aos meus clientes, montado na bicicleta, mesmo quando chove a potes, porque sou amigo de peito do ambiente. Mira la xica espierta!

* À hora do regresso de férias, a 110 metros barreiras de casa (o caminho está em obras), um tal de Solitário é apanhado pela PJ antes de assaltar a banca, naquilo que para mim não foi mais que uma vingança encomendada pela proprietária do kiosko. Dias depois, uma nova tentativa de roubo por parte dos espanhóis, desta vez bem sucedida, impediu um tal de Simão Sabrosa de vestir de cor-de-rosa.
publicado por ardinario às 16:50
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