Fixem o olhar na foto. Há um sanitário público, correcto? Agora desviem esse mesmo olhar (pode ser outro, mas funciona melhor se for o mesmo) para a vossa direita. Vêem uma árvore? Ok, estão no caminho certo. Portanto, à direita dessa árvore está o quiosque do
gajo que é uma espécie de Pacheco Pereira das bancas dos jornais.
Agora que já captaram o elemento mais importante desta praça, vamos à notícia.
“É um contrato desastroso para a autarquia”, qualifica o vereador José Elísio, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS. O sanitário instalado na Praça 8 de Maio (também conhecida como “Praça dos Táxis”) está a ser utilizado, em média, por 3,6 pessoa por dia. Assim, cada vez que alguém o utiliza, os munícipes pagam cerca de 19 euros. Por seu turno, os utilizadores desembolsam 20 cêntimos.
O equipamento foi ali colocado em regime de aluguer no mandato de Santana Lopes. Decorridos 10 anos, a câmara já pagou cerca de 200 mil euros. Mas o contrato só termina em 2013, o que representa uma despesa de 110 mil euros.” *
Se o vereador do Ambiente avançar para a rescisão do contrato, a edilidade tem de pagar uma indemnização de 20 mil euros. Contudo, como os referidos números indicam, a câmara sai a ganhar, ao poupar 90 mil euros. A inauguração teve honras de uma cerimónia, com a presença de autarcas do executivo municipal da altura. O contrato inclui limpeza e manutenção.In Diário das BeirasSó vejo duas soluções para esta brincadeira do Sr. Lopes. Uma delas, sugerida pelo excelentíssimo meu irmão – que vão poder ver em acção no quiosque algumas semanas no Verão - seria quebrar de imediato o contrato (poupavam-se logo 90 mil euros!) e colocar o dito sanitário à porta da residência do Sr. Lopes. Eu ía um pouco mais longe. O sanitário viajava na mesma para Lisboa, onde seria utilizado como mesa de voto da freguesia do Sr.Lopes, no dia das eleições para a CML. E, claro, obrigava o gajo a colocar moedinha para poder votar.
* 310 mil euros, em linguagem de quiosque, dão para fornecer diariamente todos os jornais nacionais à Biblioteca Municipal durante 60 anos. Em linguagem Lopes dão para limpar o rabo a 3,6 pessoas por dia, durante 15 anos. É obra(r)!