Sempre fui um grande apreciador daquele programa em que uma personalidade, mais ou menos conhecida, comentava e analisava as edições dos jornais diários. Deixei de ver por incompatibilidade de horários e senti muito a sua falta. Até há uma semana atrás.
Um jovem casal na casa dos 70 anos, ambos do sexo masculino, tem realizado, produzido e editado o programa ao vivo, mesmo em cima da banca deste quiosque. Não se limitam a achincalhar tudo o que é político de capa de jornal, fazem questão de discutir qual é o mais corrupto e incompetente. Não lhes basta denegrir a imagem do Jesus, vão mais longe e insultam a sua mãe e talvez a intimidade da tia. Não se contentam a atribuir nomes de animais às famosas da Caras ou Nova Gente, acrescentam características peludas e primitivas aos respectivos animais.
O programa da tv era interessante de seguir. Este, ao vivo e a cores, é um hino ao show business. Do povo para o povo. Não tem horário fixo, é uma questão de sorte apanhar o programa em directo. O meu muito obrigado!
Há um senhor que vem ao quiosque uma vez por semana. Duas vezes. Vem de norte para sul e informa-me "Já cá venho". Depois faz o percurso inverso, de sul para norte, e volta, tal como prometido. Este ritual repete-se, invariavelmente, todas as sextas-feiras, mais ou menos à mesma hora.
Vamos lá a ver, ele não está de passagem, ok? O senhor vem de norte para sul, pára no quiosque, e volta para a origem. Ele vem cá propositadamente avisar-me que, a não ser que lhe caia um raio em cima ou passe uma retroescavadora por cima do quiosque, dentro de momentos vai ser meu cliente.
Um grande bem haja para os clientes deste quiosque que fornecem informações valiosas e pertinentes!
. O 11 DE SETEMBRO DOS QUIO...
. À atenção dos accionistas...
. QUIOSQUE QUE LADRA NÃO MO...
. O CURSO DE LÍNGUAS E O RO...