Sábado, 26 de Novembro de 2011

Uffffffffffff

Passei o último mês a cumprir o memorando da troika dos quiosques. Até há um mês atrás, o meu gestor de contas só era capaz de me informar quantos jornais tinha vendido, quantas revistas tinha vendido, quanto tabaco, etc... Isto porque o meu gestor de contas tinha o seu trabalho mal organizado. Tive que o ensinar a trabalhar como deve ser. Os 4.500 artigos que já cá puseram os pés estavam divididos em 5 ou 6 famílias distintas, o que limitava e muito a informação ao meu dispôr. Agora ele já me diz quantas publicações pornográficas se venderam entre 27 de Julho e 8 de Agosto, entre outras coisas menos importantes.

No fundo, dividi os 4.500 artigos em 52 categorias diferentes, em que metade delas são revistas. Os resultados são, em alguns casos, supreendentes, especialmente para mim.

Tomei em consideração os últimos 12 meses de vendas.

- 1/3 dos lucros, mais propriamente 32,50% (e não vos quero enganar, lucros aqui significa apenas "antes de incluir as despesas fixas") vem do tabaco convencional.

- Metade dos lucros (precisamente 50,02%) vem do tabaco e dos jornais diários.

- Se incluirmos tabaco (convencional e de enrolar), jornais (diários e semanários) e revistas semanais, o lucro representa 2/3 do total (66,97%)

- Somando as % das categorias que mais contribuem para o bolo total (tabaco, jornais, revistas semanais, livros, dvd's, pastilhas, material de enrolar, coleccionáveis e cartões telefónicos), chegamos aos 81,44%.

- O que é que resta? Basicamente, as revistas de publicação mensal: a sua soma significa pouco menos que 10% dos lucros. E as restantes categorias, que somam igualmente os 10%: cadernetas, cromos, brindes diversos, selos, artigos de papelaria, cd's, vinhos, mapas...)

 

O que está a correr mal? Simples. Mais de 50% do espaço do quiosque é ocupado por publicações que não rendem mais que 10% dos lucros (revistas mensais). Pior: as laterais do quiosque, espaço de excelência para exposição de produtos, estão ocupadas por esta malta.

 

Isto merece uma reflexão. Ou duas. Já venho.

publicado por ardinario às 13:54
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