Quioscamente falando, foi um Agosto maravilhoso (muitas pessoas, muita chuva, pouca praia, muito jornal dentro de casa) e um Outubro maravilhosamente engraçado (algumas pessoas, algum sol, alguma praia, algum jornal em casa e outro tanto na praia). Agora vem aí a inevitável ressaca, um Novembro estrondosamente merdoso (poucas pessoas, muita chuva, muito vento, muita crise, pouco jornal, etc. e tal). Hoje já se sente. Um domingo dolorosamente ventoso com chuva intensa para o período da tarde e coiso e tal. O anti-ciclone dos Açores armado em parvo, portanto.
Domingos assim são bons dias para reflectir sobre as vicissitudes da vida (25 minutos à procura desta palavra, só me lembrava de vasectomia, que também não seria mal aplicado à questão de facto). Esta reflexão esbarra estratosfericamente no limitado espaço que me foi atribuido dentro do quiosque. De entre prateleiras, bancas e máquinas, sobram-me pouco mais que 3 metros quadrados de reflexão sobre vicissitudes, manifestamente escassos para quem como eu reflecte em movimento, ora para a frente, ora para trás, às vezes para o lado.
Em termos práticos, faço percursos entre a banca dos jornais (início de reflexão sobre as vicissitudes do medo da morte) e a prateleira do porno (final da reflexão sobre as vicissitudes do medo da morte e início da relfexão sobre a minha própria existência como pessoa de bem) e vice-versa. Cada mudança de direcção implica uma mudança de reflexão (é um defeito, eu sei, mas que não consigo controlar e sobre o qual tenho reflectido bastante). Ora, existem duas problemáticas nestas reflexões. Primeira, os percursos costumam ser acidentados. É muito complicado não tropeçar nas coisas entre um ponto e outro, o que acaba por interferir nas próprias reflexões. Segunda, as reflexões são tão curtas que depois de 10 percursos estou a reflectir sobre como foi possível falhar aquele golo que me dava o título no último torneio PES2012.
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