É só para dizer que estou mais que arrependido de ter aberto o quiosque à tarde. Ou melhor, de não o ter fechado à tarde. Sinto-me tão sozinho que estou capaz de beijar a primeira velha que me venha comprar a Maria. Por outro lado, quero de certa forma contribuir para a produtividade nacional e compensar a malandragem que foi a tarde de ontem no panorama laboral. Ou, pelo menos, ajudar a suster a forte quebra da Cofina no mercado accionista - se estivesse fechado, eram menos 3 correios da manhã e 2 records nas contas dos senhores.
A coisa cá dentro encontra-se estranhamente organizada. Não há revistas fora do sítio, as sobras estão praticamente encerradas. As estatísticas estão em dia e as contas em ordem. O momento mais espectacular da tarde foi alguém que me perguntou se a Sábado era uma revista para homens. No fundo, sente-se apenas um incompreensível afastamento de clientela e um enorme vazio no meu estômago. Coincidência ou não, como que por milagre, aparece um pacote de bolachas de canela junto às sobras da vasp. É meu, sei que é meu. Mas sei também que anda cá perdido há demasiado tempo, como que a gozar descaradamente com o prazo de validade. Uma raridade com bom valor de mercado, portanto. Já não se vendem e podem muito bem ser as últimas bolachas de canela desta espécie. Estão incrivelmente moles, quase papa. Nota-se que sofreram muito nos últimos tempos e quase que jurava que são do tempo em que o Tal e Qual se vendia que nem gingas. Bem... ou as como ou entrego-as num museu da especialidade.
Como-as. Se não voltar nos próximos tempos é sinal que as devia ter entregue num museu da especialidade.
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