Sexta-feira, 29 de Abril de 2011

Mensagem da associção de quiosques (fictícia) para o casamento (real)

Temos feito nos últimos dias um enorme esforço no sentido de promover a vossa boda. 8% do material que temos exposto tem a fuça  de suas excelências estampada. Ou de um, ou de outro. Ou dos dois. Vós sois lindos, coisa e tal, fazem um casal muito jeitoso, etcetera e coiso, mas temos que ser uns para os outros. Queremos retorno, como é óbvio. Queremos páginas e páginas repletas de coisas vossas, nos próximos 10 anos. Got it?

 

1. Não sei ainda vamos a tempo, mas era importante que acontecesse algo fora do comum já hoje, durante a cerimónia. Nada de muito importante que arruine de vez o nome da vossa família, até porque há que deixar espaço e margem no futuro para escândalos de maior nomeada (já lá vamos). Para hoje pedimos apenas - e vejam isto apenas como meros exemplos, deixando a vossa criatividade a funcionar - um seio da Kate a saltar fora do vestido ou um espalhanço ao comprido do William ao subir a escadaria (há sempre escadarias nestas coisas, certo?).

 

2. A questão do herdeiro deverá obedecer ao seguinte. Ano e meio / dois anos a especular sobre as reais capacidades do William. Com a família já a desesperar, nasce finalmente o tão esperado bébé, sexo masculino ainda por cima. Só que preto.

 

3. Estamos convencidos, e a nossa experiência assim o confirma, que uma dependênciazita do William à passagem do 5º aniversário de casamento fica sempre bem. Nada de muito violento, mas de preferência com recaídas sucessivas, para dar pano para mangas e páginas para revistas. "William volta a cair nas malhas do Brandy. Kate ultrapassa a barreira dos 100 quilos" parece-nos um bom ponto de partida para mais uma crise real, e um impulso mais que necessário para o nosso negócio.

 

4. O princípe herdeiro, por volta dos 8 anos, deverá mostrar uma forte inclinação para a música rap, ao mesmo tempo que se lhe notam incríveis paracenças com o filho mais velho do embaixador da Nigéria.

 

5. Começam os problemas financeiros. Afinal o brandy era cavalo. Apostas em cavalos, entenda-se. Aperta-se o cinto no palácio e Kate vê-se obrigada a entrar no The Biggest Loser.

 

6. Em 10 anos termina o casamento, depois de sucessivos escândalos à razão de um por semana, sempre às 3ªs feiras de manhã, a tempo de ser explorado na Caras do dia seguinte.

 

Vá, não custa nada.

publicado por ardinario às 11:00
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Quarta-feira, 27 de Abril de 2011

Post P

É suposto que um indivíduo que venda qualquer cócó tenha um razoável conhecimento sobre o cócó que está a vender. A afirmação é válida para quase todas as áreas de negócio, excepto talvez no negócio da política. Os políticos sabem vender, isso não está em causa, mas não sabem o que estão a vender, embora saibam que não sabem o que estão a vender. Na realidade, eles compram enquanto vendem.

Confuso? Não interessa. Onde eu e a minha equipa de vendas queremos chegar é que nós sabemos o que vendemos... mas só até certo ponto. Quando um cliente dá com as trombas na banca é inevitavelmente comido pelas capas das revistas do dia, que passaram directamente do departamento de contagem para o lado de fora do quiosque, sem passar pelo olhar curioso dos vendedores, que têm mais que fazer que andar a meter o focinho em vida alheia. Isto significa que embora nós saibamos que lá fora estão revistas, e tenhamos umas noções básicas sobre o seu processo de fabrico, desde o abate da árvore até ao seu acondicionamento e distribuição, nós por cá falhamos redondamente ao nível do conhecimento e cultura geral que tais produtos nos oferecem. E falhando nesta vertente, falhamos no diálogo que tão nobres clientes nos propõem, essencialmente sobre o conteúdo e forma da dita cuja.

Há dias passei por uma vergonha por não conhecer Fulana F, que entrava na Telenovela T e que andava metida com o Engatatão E. Tudo isto se passava na Revista R, que eu e os meus vendedores chutamos para a Banca B todas as santas semanas. Era mais que evidente que o Cliente C queria conversa sobre o assunto, mas não havia maneira do Vendedor V dar troco. Inevitavelmente, tal vendedor teve que ouvir o que sabia que um dia iria ouvir: "então você não sabe o que está vender, homem??".

Eu não sabia. Aliás, o Vendedor V não sabia. E Cliente C ficou de tal forma indignado com tamanha ignorância que não levou a parva P da revista.

O Vendedor V levou uma esfrega do Chefe C. Agora anda com mais atenção ao conteúdo. Já sabe até que um tal de Williams vai casar com uma Kate numa ceriminónia muito importante, que a Julia Pinheiro está de rastos, cansada, mais magra e sem tempo para a família, que a Zé está numa tribo, e que há um concurso de gordos na televisão. E o resto é conversa.

publicado por ardinario às 11:10
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Segunda-feira, 25 de Abril de 2011

do tempo dos negativos

Fotograficamente falando, revivi recentemente a minha história de vida, desde o meu primeiro nu integral, em 1974 (ah, que saudades de me darem banho ao som de Zeca Afonso!), até ao momento, dias atrás, em que o mais novo me apanhou a tirar um macaco do nariz. Ao juntar todos esses pedacinhos de vida, constato algo de estranho (e impensável nos dias de hoje): não há registos fotográficos entre os meus 7/8 anos e o primeiro cortejo da queima das fitas. Ou seja, na página 7 do álbum sorrio para a câmera e faltam-me 3 dentes da frente e na página seguinte ostento orgulhosamente uma garrafa de super-bock.

Não tem sido fácil lidar com este buraco negro de 10 anos, em que praticamente um quarto da minha vida não existe ou foi vivida a correr, sem tempo para deixar para a posteridade algo de muito ou pouco importante. Nem muito nem pouco. Nada. Dá a sensação que em termos fotográficos fui raptado por extra-terrestres. Sejam quais forem as razões, apesar do doloroso interregno fotográfico, a parte que está em falta pertence à fase do puto-estúpido, da pré-adolescência estúpida e do teenager estúpido. Há pouco de interessante para registar e ao mesmo tempo muito de importante para não poder ser fotografado. O álbum de recordações agradece. Só não sei como um dia vou explicar isto aos meus filhos.

publicado por ardinario às 14:50
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Sexta-feira, 22 de Abril de 2011

isto está mais parado que a função púiblica numa 5ª à tarde

É só para dizer que estou mais que arrependido de ter aberto o quiosque à tarde. Ou melhor, de não o ter fechado à tarde. Sinto-me tão sozinho que estou capaz de beijar a primeira velha que me venha comprar a Maria. Por outro lado, quero de certa forma contribuir para a produtividade nacional e compensar a malandragem que foi a tarde de ontem no panorama laboral. Ou, pelo menos, ajudar a suster a forte quebra da Cofina no mercado accionista - se estivesse fechado, eram menos 3 correios da manhã e 2 records nas contas dos senhores.

A coisa cá dentro encontra-se estranhamente organizada. Não há revistas fora do sítio, as sobras estão praticamente encerradas. As estatísticas estão em dia e as contas em ordem. O momento mais espectacular da tarde foi alguém que me perguntou se a Sábado era uma revista para homens. No fundo, sente-se apenas um incompreensível afastamento de clientela e um enorme vazio no meu estômago. Coincidência ou não, como que por milagre, aparece um pacote de bolachas de canela junto às sobras da vasp. É meu, sei que é meu. Mas sei também que anda cá perdido há demasiado tempo, como que a gozar descaradamente com o prazo de validade. Uma raridade com bom valor de mercado, portanto. Já não se vendem e podem muito bem ser as últimas bolachas de canela desta espécie. Estão incrivelmente moles, quase papa. Nota-se que sofreram muito nos últimos tempos e quase que jurava que são do tempo em que o Tal e Qual se vendia que nem gingas. Bem... ou as como ou entrego-as num museu da especialidade.

Como-as. Se não voltar nos próximos tempos é sinal que as devia ter entregue num museu da especialidade.

publicado por ardinario às 15:49
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Quinta-feira, 21 de Abril de 2011

vet friend

publicado por ardinario às 00:59
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Terça-feira, 19 de Abril de 2011

3 meses de gato

3 meses de gato e está na altura de fazer um balanço. Mas antes de balançar vamos ao meu historial de animalidades. Hamsters/Tartarugas/Hamsters, por esta ordem, e num total de aproximadamente 50 exemplares (2 tartarugas e o resto em ratos). Muito possivelmente nenhum deles terá sobrevivido para contar a sua história nas minhas mãos (a não ser que as tartarugas tenham sido bafejadas pela sorte, o que sinceramente duvido muito).

O parvo do gato caminha a passos largos para seguir as pisadas dos outros. Como animal é a desilusão em pessoa. Para o espaço que ocupa e para a liberdade que goza dentro de uma casa, não é muito mais divertido que um rato a correr dentro de uma roda horas sem fim. O gato faz lembrar o tipo que vem com o amigo jantar cá a casa, que conta uma resma de anedotas de penalty, e se cala para o resto da noite. O gato, ao fim de uma semana, já esgotou as piadas todas. Torna-se estupidamente previsível e, pior que isso, o animal mais chato lá de casa. Vinte anos depois de um parvalhão me despechar um balde de areia pela cabeça abaixo, voltei a proferir a frase "tu não sabes brincar, pá...", só que desta vez a um gato.

Eu não percebo nada de gatos, mas supostamente um gato não morde. Ou pelo menos, um gato minimamente inteligente não morde continuamente quem lhe dá de comer e de dormir, mesmo que "ah e tal miau miau... estava só a brincar miau miau", e mesmo que continuamente leve no focinho cada vez que resolve espetar os dentes em carne alheia (isto é válido também para o fiambre que ele rouba ao pão das crianças). As crianças, as crianças... As crianças adoram o bicho e o sentimento é recíproco. Quando chegam a casa correm para o bicho e o bicho também. O bicho também corre, mas para longe delas, principalmente do mais novo, que o costuma agarrar pela parte do corpo que está mais à mão, que normalmente é uma das 4 patas (sim, miracolosamente, ainda tem as 4). Há ali uma troca de mimos e festas muito breve, que termina com a frase "Paaaaaaaaaaaaaaaaaai!! Tira o gato daqui!!!! Ele não sabe brincar". E como o gato não sabe brincar e não sabe estar, passa na solitária a maior parte do seu tempo (a solitária é o espaço que vai da ponta da sala até à ponta da cozinha, onde tem livre trânsito para fazer o que bem entender, desde que sozinho). Penso que é melhor assim para ambas as partes: nós não somos importunados e ele não leva no focinho a toda a hora.

Depois temos a parte financeira do bicho. Ração + água (não há cá boscoitinhos nem nada dessas merdas, que não estamos em tempos de grandes luxos). Areia onde defeca várias vezes ao dia, em quantidades impróprias para o seu tamanho, na minha opinião. E depois aquilo que mais custa: tratar da saúde ao gajo. Mais de 50 euros em vacinas + o que se vai pagar para lhe tirar o apetite sexual, que não deve ser pouco (o apetite e o que se vai pagar para o tirar).

Nem tudo é mau. O gato a dormir é lindo. Não incomoda, não morde, esconde as unhas e no inverno aquece os pés, desde que os pés não se mexam. Proporciona alguns momentos de diversão logo depois de lhe serem cortadas as unhas. Perde aderência e é vê-lo a entrar em despiste nas curvas e espetar-se contra a parede. Às vezes faz companhia, embora não seja propriamente uma mulher com pêlos, como uma vez alguém lhe chamou.

O gato não é parvo nenhum. Anda a comer uma cadeira e parece que aquilo é sério. Embora a cadeira tenha descido na minha consideração ao deixar-se comer assim por um gato tão novo, enquanto o gato a come está entretido e não aborrece ninguém. Além de que a cadeira não se queixa e por mim tudo bem. É uma cadeira com 5 anos e com corpo de 10, e o gato não é esquisito.

Há dias dei por mim a perguntar ao google "quanto dura um gato" e a resposta preocupa. A mim e ao gato.

Para já é tudo.

publicado por ardinario às 11:26
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Terça-feira, 12 de Abril de 2011

Portugal é um 386

O computador já teve muitos donos. O que o comprou conseguiu um financiamento muito jeitoso e equipou-o à maneira. O seguinte foi embora assim que apareceu o primeiro écran azul. Veio então um novo dono que o largou assim que o tio emigrado lhe ofereceu um melhor, e o irmão mais novo ficou entusiasmadíssimo quando lhe o passaram para as mãos. Mas o rapaz não sabia mexer na coisa e veio um tipo que não era da família e ficou-lhe com aquilo.

"Aquilo" é um daqueles 386 do início dos 90, com leitor de disquetes e carregado de portas paralelas. O dono actual tenta à força fazer correr o windows 7, apesar dos sucessivos avisos que aquilo não vai dar, que não aguenta. Mas o dono é teimoso. Os técnicos fazem-lhe ver que não será má ideia fazer um upgrade à motherboard, à placa gráfica e aumentar aos poucos a memória. E o dono responde que o computador está óptimo, não precisa nada dessas reformas, dá perfeitamente para ir fazendo os trabalhos para os amigos do prédio da esquerda. O vizinho do prédio da direita, que também quer ficar com o computador, diz que sim, que consegue fazer correr o windows 7, que só precisa de substituir o leitor de disquetes por um leitor de cd's de 4 velocidades. Ele também precisa do computador para fazer uns trabalhos para os seus amigos, mas acha que é melhor mesmo chamar um técnico para ver o que se passa com o equipamentp. O dono diz que não, que o computador é frágil e "os técnicos ainda vêm fazer pior, isto basta limpar-lhe o pó uma vez por mês e subsituir as peças que se vão estragando. Não seja tonto, vizinho". "Mas ó vizinho, as peças que o senhor está a comprar já são consideradas antiguidade! São caríssimas! Ouça o que lhe digo: isso precisa de um leitor de cd's de 4 velocidades e... pronto, talvez precise também de mais 1 mega de memória".

O tempo foi passando e deixou de haver dinheiro, tanto para subsituir as peças antigas como para comprar leitores e memórias de 1 mega. Os vizinhos chatearam-se, até que o computador avariou de vez, e na impossibilidade de comprar um novo, o vizinho do prédio da esquerda decidiu, em desespero, chamar um técnico para arranjar o velho 386.

O técnico já chegou e vai tentar compor o bicho. O técnico é um safadão que cobra balúrdios, mas o único no mundo que sabe arranjar um velho 386. Iniciado o trabalho de recuperação, o técnico depara-se com o caos. Apenas a pasta "amigos" está organizada. Mas repleta de virus. E dentro da pasta "povo"... um enorme vazio.

Portugal é um 386.

publicado por ardinario às 21:31
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Terça-feira, 5 de Abril de 2011

O jornal que traz o cupão com o melhor design do mundo

O jornal i, o jornal com o melhor design do mundo a seguir ao Jornal 1X2, faz na sua edição de hoje em papel, auto-promoção para uma assinatura digital da edição impressa. Nada contra. Custa 60€/ano, o que equivale a pouco mais de 2 meses de edições em papel. Se a ideia é levar os leitores do papel para o digital, parece-me uma aposta lógica. O que já me parece muito pouco lógico é que no fundo da página, o jornal com o melhor design do mundo apresente um daqueles cupões recortáveis, com todos aqueles campos para preencher os dados a caneta e com os quadradinhos para assinalar com uma cruz "sim, quero fazer a assinatura digital anual por 60€" ou "sim, autorizo o pagamento por débito directo" ou "sim, junto cheque nº tal do banco x". E sim, agora preenches essa coisada, enfias num envelope, compras o selo e vais colocar tudo no marco do correio. Depois só tens que aguardar 2 ou 4 dias pela confirmação da tua assinatura... digital!

Isto faz tanto sentido como aparecer uma mosca a boiar dentro duma garrafa de azeite gallo, enquanto se promove a extrema qualidade da coisa. Ou o gallo ficar afónico, sei lá. Parece-me que quem escolher o caminho "recortar, colar, enviar o cupão e aguardar", que soa mais a anos 80 que o Boys, boys, boys da Sabrina, nem terá um leitor de pdf's instalado. E que quem escolher o caminho "faça a sua assinatura digital na nossa página da... internet" (uau!!!) esbarrá num vazio de opções ou será direccionado para a promoção de uma assinatura do jornal... em papel, por 179,80€ anuais.

publicado por ardinario às 12:06
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5a 6m / 3a 2m

- Ontem subi na varanda e caí por lá baixo.

- Aleijaste-te?

- Não!

- Ó Manel... isso foi um sonho! Se tivesses caído... morrias, ias para o céu.

- (olha pensativo para o céu) Não!! Se tivesse caído não ia por lá cima, ia por lá baixo.

publicado por ardinario às 10:46
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