Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

2007 vs 2009


publicado por ardinario às 11:14
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Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2009

Começa bem...


publicado por ardinario às 11:49
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Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009

Por alturas do Mundial 2018

-Bom dia! Olhe, desculpe... vende jornais e revistas?
-Não, que disparate, minha senhora. Só vendo pastilhas. Tudo o que você vê aqui à volta é apenas um chamariz para vender pastilhas.
publicado por ardinario às 11:51
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Terça-feira, 20 de Janeiro de 2009

Pomada para a tosse

Estou cheio de vontade escrever. Às 8 e 10 da manhã voaram meia dúzia de revistas. O cliente que representou na perfeição o “vou, não vou, vou… não vou” aproveitou a confusão para não pagar. E o atacador do meu sapato do também meu pé esquerdo partiu-se em dois. Tudo isto aconteceu em minuto, minuto e meio.
Voltando ao atacador. O atacador já era curto. Partido em dois (ainda estou na dúvida se o atacador se parte ou se rompe ou se rasga, mas suponho que nenhuma destas)… partido em dois um atacador já de si curto fica como que… curto como o caraças, ou seja, um atacador impróprio para sapato. E um sapato sem atacador deixa o dono condicionado. Um gajo tem que arrastar o pé – neste caso o esquerdo – para o sapato não sair. Tendo em conta o que choveu durante a noite e dia, passar um pé, com respectivo sapato e seu atacador deficiente, por cima de uma poça de água, é tarefa para tolinhos. Conclusão: passei a primeira parte da manhã a fazer figura do tolinho. Eu já sabia que esta merda ía acontecer, o atacador estava mesmo nas últimas, preso por um fio, mas eu não facilito. É para arrebentar, é para arrebentar até ao fim.

Portanto, às 8 e 10 da manhã levava um prejuízo de um maço de tabaco, 3 Ementas da Semana, 3 Cozinhas Semanais, um atacador e zero euros em vendas. E ainda tinha um dia de tomada de posse pela frente, quando o que eu realmente precisava era de pomada para a tosse.
Isto é mais ou menos equivalente ao seguinte: no meio de um bacalhau cozido deixar cair um grão encharcado de azeite em cima do tapete da arraiolos preferido da mãe, baixar-se para apanhar o grão, esmagá-lo com o pé e ao mesmo tempo fazer uma distensão muscular na região lombar. Só não aconteceu por acaso.
Dia de merda. 549,40€.

p.s. - isto está muito bom
publicado por ardinario às 22:35
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Quinta-feira, 15 de Janeiro de 2009

Episódio 11

Por vezes sinto-me obrigado a desconfiar que tudo isto não passa de um super big brother, uma mega produção de apanhados que irá para o ar dentro em breve. De facto, as peças começam a encaixar. A forma entusiástica como literalmente me empurraram para o negócio, numa altura em que duvidava da sua viabilidade, mas que mesmo assim me fizeram avançar. O senhor que na falta do Expresso, levou o Jornal do Sexo. A velha que à força me queria comprar um saco de milho. O puto que se barricou dentro do quiosque, numa tentativa desesperada (e fracassada) de escapar a uns tabefes do pai. O dia em que a M., nos poucos minutos que me substituiu, despachou toda a remessa do Ocasião, pensando tratar-se de um jornal de anúncios gratuito. O travesti que levou a Teleculinária e a Futebolista (esta é mentira, mas é um sonho). O contingente da EDP que procurava luz e descobriu um porão.
Enfim, há aqui material mais que suficiente para um pack de 12 episódios de apanhados, em que o apanhado sou eu.

Agora é tarde. Assim de repente, relembro as vezes em que levei o dedo ao nariz (às vezes 2 dedos!), em que anulei comichões abaixo da cintura, em que persegui rabos com o olhar. Pergunto ao meu médico se tudo isto não passa da minha imaginação. Não diz que sim nem que não. Para ele, trata-se de um mecanismo de defesa, próprio das pessoas super inteligentes.

Portanto, passo a descrever o último episódio da série.

Ontem à noite fui apanhado pela bófia a assaltar o meu próprio quiosque.
Passavam uns minutos da hora tal da noite quando me dirigi ao quiosque. Entrei e ao mesmo tempo vejo um carro da bófia a passar e penso “se eles me toparam e forem uns sujeitos cumpridores dos seus deveres ainda vêm cá ver o que se passa, mas com certeza estão com pressa para ir a lado nenhum fazer ronha e fingiram que não me viram a iniciar o assalto ao meu próprio quiosque”.
Não estavam com pressa. Pararam o carro ao longe e um deles começou a caminhar na minha direcção, já estava eu de saída. Era pequenino. Ora, eu sem óculos sou uma tristeza de um cego. À medida que o homenzinho pequenino vestido de azul se foi aproximando foi ficando cada vez maior. Ficou a um passo de mim. Tinha quase 2 metros. Era enorme. Parecia-me um tipo extremamente atlético. Se eu resolvesse fugir era menino para me apanhar num ápice. Depois lembrei-me que o quiosque era meu, não havia necessidade de fugir, mas que era conveniente fazer esta barba e que não devia sair de casa depois de a miudagem andar a brincar com o meu cabelo. Felizmente o grandalhão fez primeiro as perguntas. Na realidade foi só uma “O senhor é o proprietário?”. “Sim”. “Ah, é que costuma estar aqui um indivíduo de cor”. “A fazer o quê?? A tentar assaltar o quiosque??”. “Não, lá dentro, mesmo”. “Ah, é o meu empregado”.
Portanto, estava eu de pasta na mão, de porta aberta, pronto para fugir, aliás, para ir embora, e gera-se ali um silêncio incómodo. Eu queira ir para casa, mas o grandalhão não arredava pé. Até que percebi. Ele esperava por uma prova em como eu era o proprietário. “Quer o meu BI?”. “Para já, não. Quero é que o senhor feche a porta do quiosque”.
publicado por ardinario às 16:13
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Percebem agora?

Percebem agora isto?
publicado por ardinario às 16:05
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Sábado, 10 de Janeiro de 2009

QTV


(continua)
publicado por ardinario às 11:42
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Quinta-feira, 8 de Janeiro de 2009

QTV


(continua)
publicado por ardinario às 12:13
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Terça-feira, 6 de Janeiro de 2009

Luz em baixo

Uma coisa bastante parecida com sentimento de culpa, mas que não é bem isso (será antes uma ligeiríssima imprecisão na forma como comuniquei a vós leitores um habitual queixume em relação às dimensões do quiosque, mas que incomoda um pouco atrás da orelha) paira neste momento sob os ombros da pessoa que habitualmente por aqui escreve (muito hábil esta forma de tentar escapar imune a esta polémica… em vão, eu sei).

Isto é capaz de ser longo, vão lá fazer o que têm a fazer e voltem, que eu não divido isto em duas partes porque já me conheço e tenho a certeza que a 2ª parte nunca veria a luz do blog.

Vamos começar pelo princípio. Ora bem, tudo começou há 4 mil milhões de anos atrás. Um fenómeno difícil de explicar, a que alguns chamam big bang e outros “uma puta de uma explosão que pariu o mundo!” deu início a toda esta confusão.
4 mil milhões de anos e 9 horas depois, o quadro do quiosque foi abaixo.

Aparentemente a coisa seria fácil de resolver. Bastaria colocar novamente os botões no sítio, pensava eu. Puro engano. Botão on, botão off, sai tripla, entra tripla, liga registadora, desliga payshop. Nada. Botão de reiniciar nem vê-lo.
No fundo, estava apenas a fazer-me de entendido na matéria, porque eu estou para electricista como o José Alberto Carvalho para guarda-redes de hóquei em gelo.
Só me restava uma alternativa: EDP.

Lá chegado, o simpático senhor que ouviu os meus lamentos demorou 2 minutos a mandar-me embora. Qualquer coisa como “isso deve ser um problema no quadro, não podemos fazer nada…”. Sem querer apontar nomes, o homem tinha as palavras “Jorge” e “Meireles” coladas no fato. Não sei ao certo o que significam, mas fica aqui o registo.

O plano B passava por encontrar um electricista. Primeira paragem: a Electrofoz do Sr.Antunes. “Ainda agora saiu daqui um. Assim que passar outro eu mando-o para o quiosque”. Segunda paragem: Ferragens Simões. “Costuma andar aí um, se ele aparecer eu mando-o para o quiosque”. Última e desesperada paragem: Pensão Moderna. “Vou ligar ao João Fiozinhos e se ele estiver disponível mando-o para o quiosque”.
Regresso eu ao quiosque, rendido à evidência que é mais difícil encontrar um electricista disponível que um treinador competente para o Benfica.
Quinze minutos mais tarde, tinha 3 electricistas à porta do quiosque.

O meu pai sempre me disse que em cada 3 electricistas só 1 é competente (não disse, mas deve ter pensado e depois esqueceu-se de me dizer). Eu tinha ali 33,33% de probabilidades de escolher o competente, mas a coisa decidiu-se por ela mesmo. Ganhou o electricista que primeiro encontrou a porta dos fundos, se bem que o senhor de bigode me inspirava mais confiança.

Foi tudo muito rápido. O quadro foi aberto e a conclusão foi que a corrente não chegava lá. O problema estava no exterior. E se o problema estava no exterior, a resolução do problema passava pela… EDP. Conclusão: o electricista mais rápido nem sempre é o mais competente.

Desta vez não fui conviver com o Jorge Meireles. Telefonei para o apoio técnico, que me deixou surpreendido. Não fui obrigado a ouvir as promoções em curso antes de ser atendido. Não tive de introduzir mil e um dígitos para navegar por menus até chegar à opção supostamente indicada para o meu problema. Não tive de debitar o meu nome completo, data de nascimento, nº de contribuinte, nem a minha situação fiscal. Não tive de escolher entre alta e fofinha ou fina e estaladiça. Limitei-me a reportar a avaria e comunicaram-me que dentro em breve estariam por cá.

Breves 120 minutos mais tarde, cá estavam eles. Abre quadro, fecha quadro, abre quadro. Não há corrente, a corrente não chega cá. Onde está o raio da corrente? E lá foram eles tentar descobrir de onde era puxada a electricidade. Abriram uma caixa da EDP. Duas. Três. Correram as caixas todas num raio de 500 metros. Nada. Entretanto chegou mais um senhor da EDP. E depois outro e mais outro. Nada. Depois veio o engenheiro e mais tarde o engenheiro-chefe. E chega mais um e depois outro. Estava ali certamente metade do pessoal da EDP da região. Electricidade nem vê-la. As acções da EDP a derrapar. Até que chegou o ajudante-chefe ou camandro. A julgar pelo hálito, era o único que já tinha almoçado. E grita “Oh pá, eu conheço este quiosque há mais de 40 anos, ainda do tempo do senhor Bóia! Abre o porão!”.

O quiosque tem um porão. São mais 6 metros quadrados de quiosque. Não para a frente, não para o lado, não para trás. Para baixo! O quiosque tem mais 6 metros quadrados… para baixo. É indiferente. Está cheio de água e de ratos. E de fios eléctricos.

4 mil milhões de anos e 13 horas depois fez-se luz.
publicado por ardinario às 23:22
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